A operação de flangear consiste numa típica conformação por flexão.
Os principais componentes do processo são:
- Matriz (serve como base para o material)
- Punção de flange (responsável por conformar o material)
- Sujeitador (mecanismo que “desce” paralelamente ao punção para que, no momento da atividade, não movimente a peça e a dobra possa ser
realizada corretamente)
Durante o processo, há três configurações que devem ser consideradas: a superfície interna, a superficie externa e a linha dos pontos neutros (linha neutra)
A superfície interna da peça sofrerá compressão, a superfície externa sofrerá tração e a linha neutra não sofrerá deformações.
Considerando o limite de proporcionalidade do material, a superfície interna estará dentro deste limite, fazendo com que a peça retorne no sentido que estava antes do processo (spring back) e a superfície externa excederá esse limite, ou seja, ocorrerá uma deformação do tipo plástica.
Determinação da linha neutra:
Onde:
L = comprimento inicial
l = comprimento horizontal após o processo
h = comprimento vertical após o processo
r = raio da superfície interna
Demonstração da linha neutra numa chapa:
Outro ponto a ser considerado é o raio interno mínimo da dobra, ou seja, o menor valor admissível a fim de se evitar uma grande variação da espessura na região que foi dobrada.
Onde:
Rmín = raio mínimo
Al% = alongamento longitudinal da chapa
e = espessura da chapa
Durante o processo de flangear, além da análise com relação à variação da espessura, é fundamental analisar as ações das forças da punção e da base pois, se as forças exercidas forem de um valor acima ou abaixo do esperado, a peça pode sofrer uma enformação, porém há testes que tendem a eliminar esses cenários.
Comentários
Postar um comentário